“Não há diferença entre teologia e filosofia, exceto que a teologia é ensinada em relação à autoridade divina, enquanto a filosofia é ensinada em relação à autoridade humana” – Pedro Abelardo, em “Sic et Non”.
A filosofia na Idade Média era fortemente influenciada pela teologia cristã, e muitos dos filósofos da época eram monges ou clérigos que se dedicavam à reflexão filosófica em busca de uma compreensão mais profunda da fé cristã.
Um dos principais filósofos medievais é Santo Agostinho, que acreditava que o conhecimento humano só poderia ser alcançado através da fé em Deus. Em sua obra “Confissões”, Agostinho narra sua jornada espiritual e filosófica, buscando reconciliar a fé cristã com a razão e a filosofia.
Outro importante filósofo medieval é São Tomás de Aquino, que propôs uma síntese entre a filosofia aristotélica e a teologia cristã. Em sua obra “Suma Teológica”, Aquino busca estabelecer uma base filosófica para a doutrina cristã, explorando temas como a existência de Deus, a natureza humana e a ética.
Também não podemos deixar de mencionar Pedro Abelardo, que se destacou por suas reflexões sobre a lógica e a razão. Em sua obra “Sic et Non”, Abelardo apresenta uma compilação de opiniões divergentes de filósofos e teólogos em relação a diversos temas, buscando estimular o pensamento crítico e o debate intelectual.
Outro filósofo importante da época é Guilherme de Ockham, que propôs a ideia do nominalismo, que afirma que as coisas no mundo são apenas nomes dados pelos seres humanos e não têm uma existência real por si mesmas. Essa ideia desafiou as concepções metafísicas que prevaleciam na época, abrindo caminho para uma abordagem mais empírica e científica da filosofia.
Além desses filósofos, há outros que também tiveram grande importância na filosofia medieval, como Anselmo de Cantuária, João Escoto Eriúgena e Mestre Eckhart, cada um com suas ideias e contribuições únicas para o pensamento filosófico.
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