Os sonhos segundo Sigmund Freud
Todo mundo sonha, isso é fato! Não estou falando aqui de sonhar acordado, imaginando algo que você quer muito fazer, ao menos não de forma consciente. Me refiro ao sonho que temos enquanto dormimos, que por sua vez, nunca lembramos quando acordamos e quando lembramos, até nos perturbamos com nosso sonho, pois não somos capazes de compreendê-lo, isso porque, geralmente o sonho se aproxima mas de uma grande confusão fantasiosa, o que dificulta nossa compreensão dele.
Mas já parou para se perguntar por que sonhamos? Ou de onde vem os sonhos? Os sonhos possuem alguma relação com o que vivemos em nosso dia-a-dia? Ou não, os sonhos não passam de coisas sem sentido apenas? Bem, muitas teorias surgem diante dessas perguntas, mas uma delas nos chama muito a atenção e no vídeo de hoje vamos explicar o porquê sonhamos segundo Sigmund Freud.
Sigmund Freud nasceu em Londres, em 1939 e foi um grande médico neurologista e psiquiatra, considerado o pai da psicanálise, que na verdade era um método de tratamento para doenças psíquicas que utiliza como base os relatos dos próprios pacientes, ou seja, o paciente conta suas experiências de vida e seus sentimentos ao psicanalista e este, por sua vez, estabelece relações entre os traumas que o paciente vivenciou e sua doença psíquica, tornando conscientes os motivos que o levaram a adoecer e assim, possibilitando o paciente entrar a cura para seu problema.
Um dos grandes pontos que ajudaram a Freud a pensar sobre como poderia ajudar seus pacientes em seus problemas foram exatamente os sonhos. Freud entendeu que os sonhos escondiam algo extremamente importante, e que entender a função dos sonhos na vida das pessoas poderia os ajudar com seus problemas. Foi aí que em meios a seus estudos, Freud publicou um livro muito importante, denominado “A interpretação dos sonhos”.
Nesses estudos, Freud concluiu que a mente dos seres humanos está dividida entre o consciente, que ele chamou de “ego”, e inconsciente, que ele denominou “id”. Nessa teoria, as vivências de uma pessoa, tudo o que ela vê ou escuta ou sente, podem ser consideradas seu consciente, sejam elas negativas ou positivas. Por exemplo, esse vídeo que você está vendo agora, você está vivenciando-o de forma consciente, ouvindo e vendo os elementos desse vídeo.
O Inconsciente, por sua vez, é o conteúdo que a mente “esconde” da consciência, como os desejos e os instintos primitivos dos seres humanos. Ele chamava esses elementos do inconsciente de pulsão, e essas pulsões estimulam o corpo a determinadas reações não conscientes, por exemplo, o medo e ou agressividade. Se você passa em algum momento, uma situação de injustiça ou algo semelhante e sinta raiva, e com isso queira de alguma forma reagir, segundo Freud é uma reação inconsciente resultante de sua pulsão em razão da preservação da vida.
Existe ainda um terceiro elemento segundo Freud. Entre o consciente e o inconsciente, Freud concluiu que há um mecanismo de repressão dos desejos e dos instintos, chamado de “superego”, que “lança” para o inconsciente aqueles que são considerados proibidos, de acordo com a educação recebida pelo indivíduo em sua família e cultura. Como exemplo, no caso de sentirmos raiva, a nossa reação é controlada por nossa concepção de certo ou errado, e ainda que queiramos reagir, não vamos, pois, tal reação é considerada errada.
O que tudo isso tem a ver com os sonhos? Segundo Freud, aquilo que sonhamos durante o sono representa os desejos que tivemos durante o dia ou nos dias anteriores, resultantes das pulsões do nosso inconsciente. No entanto, em vez de sonhar de forma direta com aquilo que desejamos, nosso superego “transforma” esse conteúdo por meio de elementos simbólicos, assim, escondem-se da consciência os desejos considerados proibidos.
Por exemplo, imagine que alguém que te acusou injustamente e essa injustiça o levou a sentir raiva, querendo inclusive agredir a essa pessoa, no entanto, sabendo que é errado você não faz. O fato de escolher não fazer não apaga o fato de ter sentido, com isso, durante seu sono, você sonha sendo um juiz condenando uma pessoa a prisão, e essa pessoa é a mesma pessoa que fex uma acusação injusta contra você. Desse modo, ela realiza um desejo real, socialmente proibido, por meio de um sonho simbólico.
E então pessoa, já sabem agora por que sonhamos? Espero que tenham gostado e que eu os tenha ajudado. Forte abraço a todos e até+
Prof. Joceilton S. Lemos
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