Como adquirimos o conhecimento no pensamento de Francis Bacon

Como adquirimos o conhecimento no pensamento de Francis Bacon

O método experimental de Francis Bacon

Como adquirimos o conhecimento? De onde vem o conhecimento? Da nossa experiencia ou unicamente da nossa razão, ou dos dois? Bem, perguntas como essas fazem parte da epistemologia, área da filosofia que estuda a origem, a forma e como conhecemos. Esse é um dos temas mais “badalados” da filosofia e sobre ele, muitos pensadores dedicaram seus estudos.  Bem, hoje eu vim aqui para falar sobre um desses pensadores, o então considerado pai do método experimental, nesta aula vamos falar de Francis Bacon.

Além de filósofo, esse inglês era político e ensaísta e defendeu a tese de que o método indutivo era o mais eficiente para se compreender o funcionamento da natureza. Propunha um “novo” método indutivo, bem diferente ao de pensadores que o antecederam. Bacon entendia que em seu método indutivo, na análise de um número suficiente de casos particulares, como um fenômeno acontece ou não, seria possível chegarmos a uma verdade geral.

Como exemplo desse método, temos o que ele chamava de “tábuas de investigação! Bem, as tábuas de investigação de Bacon tinham como objetivo auxiliar o intelecto a buscar, por meio da experimentação, a verdade sobre as coisas ou fenômenos que acontecem diante de nós. Para isso, Bacon fazia uso de três passos bem definidos, sendo eles, os três passos, ou três tábuas.

A primeira tábua é a da afirmação ou da presença, onde se registra o que se observa, todas as instâncias de um fenômeno que concordem por apresentar as mesmas características. Por exemplo, se o problema verificado é o calor, é necessário analisar os casos em que ele se apresenta, tais como o fogo, o sol, e assim por diante.

A segunda tábua é a da negação ou ausência, onde se faz necessário analisar também os casos em que o fenômeno não acontece, com isso, é preciso encontrarmos os casos opostos ao exemplo anterior, como os raios lunares. Por fim, o terceiro passo é o da comparação, onde os fatores observados são os diferentes graus de variações ocorridos no fenômeno.

Tais “tábuas de investigação” propostas por Bacon, formavam um método para a compreensão da natureza, com o intuito de exercer controle sobre ela, para utilizá-la a favor dos interesses humanos. Logo, caberia à Ciência munir-se de instrumentos, recursos e procedimentos capazes de auxiliar o intelecto na busca da verdade, por meio da experiência.

Bacon entendia que o homem poderia conhecer a fundo própria natureza e, a conhecendo, poderia domina-la por completo. Daí, lhe é atribuída a frase “Saber é poder”. A ciência está, segundo Bacon, objetivamente ligada à técnica, e seu valor se dava por sua utilidade à vida prática.

Com suas ideias, Francis Bacon foi considerado o pai do método experimental, isso porque defendia a utilização por completo de métodos empíricos para se alcançar o conhecimento dos fenômenos, das coisas, bem como das leis que dominam a natureza.

No contexto filosófico, Bacon defendia a possibilidade de um conhecimento mais seguro, e afirmava que a verdadeira filosofia deveria também ser algo prático, por isso, entendia que deveríamos buscar também na filosofia a mentalidade científica que propunha, deixando então as falsas noções que de certa forma condicionam nossa reflexão.

Esses “ídolos” que Bacon propunha que deveriam ser abandonados são classificados por ele em quatro géneros, sendo eles: ídolos da tribo, ídolos da caverna, ídolos do foro e ídolos do teatro.

 De forma objetiva, Bacon entendia que “Os ídolos da tribo é o falso entendimento de que os sentidos do homem são a medida das coisas. Ocorrem devido as deficiências do próprio espírito humano que se revelam pela facilidade com que generalizamos com base nos casos favoráveis, omitindo os desfavoráveis. São assim chamados porque são inerentes à natureza humana, à própria tribo ou raça humana.

Quanto aos ídolos da caverna, destacamos os preconceitos pessoais do próprio investigador; que resultam da própria educação e da pressão dos costumes.

Nos ídolos do foro, Bacon afirmava que é “devido ao comércio e consórcio entre os homens, isso porque, os homens se associam graças ao discurso e suas palavras. E as palavras, impostas de maneira imprópria e inepta, bloqueiam espantosamente o intelecto. Ou seja, trata-se aos que se relacionam à tirania das palavras e à influência dos hábitos verbais sobre a liberdade do espírito.

Por último, quanto aos ídolos do teatro, são assim chamados por Bacon “por parecer que as filosofias adotadas ou inventadas são outras tantas fábulas, produzidas e representadas, que figuram mundos fictícios e teatrais.”

Bem, Francis Bacon marca de forma significativa o pensamento moderno, e suas obras são consideradas muito importantes, lançando bases para a ciência moderna.

Bem pessoal por hoje é só…espero que eu tenha ajudado e que tenham gostado!!! Forte abraço a todos e até mais!!!

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